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Biblioteca Aranguez

terça-feira, 12 de março de 2013

"Fumo"


Sonho com um dragão verde de língua negra que me quer comer. As casas também são verdes, como a erva do nosso jardim que tem o baloiço, onde antes eu e o pai jogávamos à bola. Tenho muitas saudades dele. A mãe diz-me que em breve estaremos todos juntos.”
Tanto como os campos de concentração — com o que implicam de fome, frio, doença, violência e morte — interessa aqui um desses mundos pessoais e familiares que o nazismo destruiu, e que é das poucas coisas que tem cor frente ao cinzento cortante e ao silêncio.
Separação, solidão e saudade estão omnipresentes; a lembrança ajuda a fugir do isolamento e do desterro, e dá lugar — no inóspito do campo (lager) — ao amor, à amizade e à solidariedade: à humanidade, ao fim e ao cabo.
Se toda a violência está injustificada, a que põe fim à inocência ainda mais; contra ela, no processo de amadurecimento do protagonista, assistimos a um compromisso até à fusão com Vadío (única personagem com nome e etnia), que representa o reconhecimento no outro na catarse final.
O protagonista anónimo de Fumo descobre a realidade, mas filtra-a com a memória de um passado melhor. O despertar magoa-o e leva-o a uma aprendizagem rápida: a dureza e dificuldade da situação, e o instinto de sobrevivência obrigam-no a ser um menino responsável.
A inocência, mais que a impotência, marca o desenlace. Os inocentes não sobrevivem, dizia o Primo Levi; é o preço por ver a luz: a mão de Vadío apagando para sempre o medo e escrevendo com fumo uma palavra mágica sobre o céu da Polónia.
Uma comovente história de Antón Fortes com intensas imagens da polaca Joanna Concejo, de grande sensibilidade e beleza, apesar de reflectir a realidade do protagonista, que se torna mais dura ao enfrentá-la recorrentemente com lembranças da vida de onde foi ou foram todos arrancados.

MENÇÃO WHITE RAVEN 2009

Texto de Antón Fortes
Ilustrações de Joanna Concejo
Tradução Dora Batalim Sottomayor
Parte dos direitos desta colecção
foram cedidos à ONG CREART

Diário de Anne Frank


Já leste o livro "O diário de Anne Frank"?
Está disponível na nossa biblioteca!






Livros sobre o Holocausto


Este livro é muito belo... mas triste!






Holocausto




Hoje faz 68 anos que morreu Anne Frank.
Inauguramos a nossa exposição Contra o esquecimento, com fotografias, cartazes e trabalhos de alunos.



Vejam e nunca se esqueçam!





sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher que lê








                                            Agradeço a  Pinzellades al Món estas fotografias!



Para todos, um bom fim de semana.